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terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Véu de Maya



Muitas pessoas têm dificuldade em compreender a questão do esquecimento ao qual todos os seres humanos são submetidos ao reencarnar. Alguns acham que é injustiça, outros não acreditam que esquecer as desavenças e erros podem ser vistos como uma vantagem para a vida atual.

Partindo-se do pressuposto de que a Justiça divina existe, o esquecimento, ou Véu de Maya para os budistas, cumpre um importante papel em facilitar a nossa evolução. Tudo o que fazemos desde que nosso espírito foi individualizado a partir de Deus fica registrado no Universo. Chamamos esse mecanismo de Registro Akáshico. Lá existe uma espécie de enorme banco de dados de cada um de nós, mostrando desde os nossos grandes erros e acertos até as coisas que, para nós, não têm a mínima importância.

Esse registro Akáshico pode ser livremente acessado quando não estamos na matéria, ou seja, encarnados. A partir do momento de nossa concepção aqui na Terra, quando temos de diminuir o nosso nível vibracional para nos "encaixarmos" no corpo físico, uma espécie de sonolência começa a tomar conta de todos nós.

Essa sonolência vai tirar dos nossos registros racionais todas as lembranças relacionadas com as vidas anteriores. Recebemos, por assim dizer, uma chance completamente nova para colocar em prática aquilo que aprendemos durante a nossa evolução.

Esquecer as nossas mágoas e rancores nos habilita a passarmos por novas experiências sem os negativismos de vidas anteriores. Ou será que você iria achar mais fácil amar ao seu irmão sabendo que ele pode ter tirado a sua vida em outra ocasião (respondam sem hipocrisia).

Claro, esquecemos tudo aquilo que está relacionado com a nossa parte racional, conservando impressões e sentimentos das vidas passadas. Por exemplo, às vezes temos uma implicância fora do normal com irmãos, parentes ou até mesmo nossos pais. E o pior de tudo: Eles nunca deram motivos para isso.

Uma situação como essa pode denotar um resgate cármico que temos de fazer para continuar a nossa evolução.
Não temos em mente qual o motivo da nossa implicância com determinada pessoa e na realidade, isso não faz a menor importância, pois a obrigação de nos elevarmos acima desse tipo de sentimento é nossa.

Outra coisa que devemos ter em mente: Da mesma forma que esquecemos o que as pessoas fizeram contra nós, também deixamos para trás, por alguns anos, o que nós fizemos contra outras pessoas.
Da mesma forma que o Véu de Maya facilita perdoarmos nosso irmãos (falando no sentido universal da palavra), também deixa mais fácil a tarefa de sermos perdoados por eles.

Quando a Providência Divina nos impõe esse esquecimento, está pensando em facilitar os atos de perdoar e ser perdoado, afinal, se retornamos para esse plano, é porque ainda temos muita coisa pendente por aqui.

Existem maneiras de nos lembramos de nossas vidas passadas.
Alguns métodos são naturais e outros "forçam" um pouco a barra.
Cabe a cada um de nós resolver se é interessante para a sua evolução saber os motivos que o levam a passar por determinadas situações.
Em alguns casos, lembrar de algo do passado pode ajudar a superar certas fobias ou ressentimentos.
Em outros, a pessoa acaba não lucrando em nada com isso.

O esquecimento é sim, uma benção para os seres humanos; Poucos de nós estaríamos aptos a suportar os próprios erros, culpas e defeitos adquiridos durante os séculos.
Mas, melhor ainda do que esquecer, é tentarmos  ir atrás da nossa evolução perdoando, pedindo perdão e nos esforçando para melhorarmos a cada dia.

PAZ & LUZ A TODOS!

Penha Frassi