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domingo, 24 de abril de 2011

PÁSCOA

Ele Morreu Para Nos Salvar...
   
Insignificante, qual grão de mostarda; silencioso
 como seu nascimento no coração da noite...
Foi assim que entrou no mundo o reinado de Cristo. 
   É que os seus caminhos não são os caminhos dos homens.
Em suas mãos não faísca o brilho sedutor do ouro,
das fortunas terrenas.
Renúncia e generosidade são as condições que faz.
 Fé, esperança e fraternidade vem desenhadas,
 em letras marcantes, no centro da sua bandeira. 
 Os caminhos do Mestre não são os caminhos do mundo.
A espada faz escravos, mas não conquista corações.
 Desprezou as armas, desprezou exércitos, plantou
apenas  uma Cruz à beira dos caminhos, na encruzilhada
dos tempos. E essa Cruz, que os homens altearam,
tornou-se o eixo central do mundo.
Símbolo de escárnio, de ignomínia e loucura,
converteu-se em sinal de redenção. 
E, desde então, na encruzilhada dos caminhos, no
vértice das igrejas e das montanhas, na parede das
 casas e nas frontes dos homens, sobre o berço  das
crianças e sobre a tumba dos mortos, o Crucificado se
ergue e fala, de braços abertos e com o coração
 traspassado. 
Os seus caminhos não são os caminhos do mundo.
Não era um estadista. Não era um sábio da Grécia,
nem um jurista da Roma imperial dos Césares.
Era um simples carpinteiro da aldeia.
Tinha um coração imenso, profundo, terno,
compassivo, forte e sensível.
Fazia milagres sem buscar publicidade, tão somente
para servir, para mitigar a dor alheia,
para redimir a humanidade. 
Morreu para que vivêssemos.
Trouxe mensagens de amor do céu à terra,
 esta terra que tanto precisava do céu.
E, com voz acolhedora, convoca os corações de boa
vontade para continuar a sua obra inacabada.
Por toda a parte, a quem quiser ouvir e souber
compreender, o grande segredo da verdade é revelado:

- "Assim como Eu vos amei, amai-vos também.
 Aquilo que Eu fiz, fazei-o igualmente vós."

Realizou a sua Páscoa e a realizou definitivamente,
 a fim de nos arrastar com Ele e permitir às sucessivas
 gerações humanas fazer sua passagem para Deus,
pelos caminhos misteriosos da Ressurreição.
Em que pese caminharmos à luz da estrela pascal,
nem tudo é absolutamente luminoso nos itinerários
do dia-a-dia.
Nem tudo é sucesso, facilidade, compreensão.
A vitória de Cristo não eliminou a agonia dos momentos
cruciais, as asperezas da jornada.
Mas nós sabemos para onde vamos, repetindo os passos
do Senhor, sua vida oculta e pública, seu Getsêmani,
seu Calvário e seu Tabor, a caminho da Ressurreição. 
O Coração de Jesus é tão grande, tão imenso,
tão hospitaleiro, que dentro dele cabem o santo e
o pecador, você e eu, o mundo inteiro.
 
(desconheço o autor)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Túmulo vazio


Para vivenciarmos a ressurreição de Cristo e a nossa própria ressurreição diária,                
para uma vida nova, deveríamos fazer  a experiência do túmulo vazio.
Na vida de Jesus existem dois túmulos vazios: O de Lázaro e o dele próprio.
No túmulo de Lázaro encontramos a experiência passiva de quem foi ressuscitado por uma força de fora: O poder de Jesus.
No túmulo de Jesus, a experiência ativa de quem ressuscitou por sua própria força.
Em ambos os túmulos, uma grande pedra fechava a entrada e criava dificuldades para a ressurreição.
Em ambos os mortos, Lázaro e Jesus, muitas ataduras.
Na ressurreição de Lázaro, os amigos removeram a  pedra e soltaram as amarras.
Na ressurreição de Jesus, ele próprio removeu a pedra e soltou as amarras.
É evidente que a ressurreição de Lázaro é a melhor imagem para o nosso ressuscitar diário.
Precisamos de ajuda externa de todos aqueles que atendem ao apelo de Jesus:
"Retirem a pedra e desatem as amarras!".
Somente assim conseguiremos cumprir a ordem do Mestre: "Levanta-te e anda!".
Por outro lado, no ato de ressuscitarmos sempre de novo não podemos ser exclusivamente passivos e dependentes da ajuda externa.
Devemos buscar também a nossa força interior fundamentada na fé, na esperança, no amor       e acima  de tudo, no Espírito Santo de Deus, que habita em nós.
E neste caso, a ressurreição de Jesus é para nós o melhor exemplo de força que nos faz ressuscitar   de dentro para fora.
Não é a nossa força, mas a força de Deus,  que mora em nós e na qual depositamos a nossa fé.
Não desprezemos a ajuda externa.
Entretanto, não cruzemos os braços jamais.
Busquemos a força da vida, que mora em nós,
rompamos todas as amarras e retiremos todas as pedras   que nos impedem de atingir  o amanhecer de uma vida nova.
Façamos isso em nome de Jesus, como os apóstolos!
Ocupemo-nos com a nossa ressurreição, trabalhemos uma vida renovada.
Com a ajuda do Cristo ressuscitado, ressuscitemos naquilo em que tivermos morrido um pouco no dia-a-dia da nossa existência.