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domingo, 19 de agosto de 2012

As Leis de Karma e Dharma




“No mundo sutil existe um templo dos senhores do Karma, que se reúne no Tribunal Cósmico, onde Anúbis é o Juiz Supremo.Quando temos capital acumulado no banco cósmico sempre terão um saldo a seu favor e portanto, disponibilidade para liquidar suas dívidas. No tocante à liquidação de dívidas é preciso ter em conta a Lei das Analogias dármicas.                              
Karma e Darma são palavras orientais e significam CASTIGO e PRÊMIO.
De forma mais filosófica diremos: Má ação e má consequência, boa ação e boa consequência. Modifica-se as causas, modificam-se os efeitos, pois os efeitos não são senão as causas reproduzidas de outra forma." Esse Tribunal além do regente Anúbis há mais 42 juízes. Nas pirâmides do Egito foram encontradas várias ilustrações do Tribunal da Justiça Divina.
O regente Anúbis é representado por um homem com a cabeça de chacal e os 42 juízes são simbolizados por diversos animais. Anúbis, na tradição egípcia, é o juiz que pesa o coração dos mortos e aplica a pena correspondente. A Lei Divina tem como base a justiça e a misericórdia. A justiça sem misericórdia é tirania. A misericórdia sem justiça é tolerância, complacência com o erro. Se ao pesar nossas ações em uma balança, o prato das boas ações estiver mais pesado o resultado será um Darma, que é uma recompensa pelas boas obras que fazemos. O Darma (do sânscrito Dharma) significa também realidade ou ainda virtude. Se ocorrer o contrário, se o prato das más ações estiver mais pesado, o resultado será um Karma para nós, ou seja sofrimento, dor, adversidades, etc.
A palavra de origem sânscrita Karma significa ação. Podemos entendê-la como lei de ação e consequências; Os tipos de Karma:
Existem vários tipos de Karma:
Individual: quando é aplicado especificamente a uma pessoa. Por exemplo, no caso de uma doença.(É importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento ruim é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso próprio sofrimento.
Ex: uma pessoa que atravessa uma rua sem a devida atenção e é atropelada).
Familiar:  Quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. Por exemplo, no caso de se ter um membro da família que é viciado em drogas. Isto traz sofrimento para todos ao redor.
Regional: Quando é aplicado em determinada região. Temos como exemplo as secas, enchentes ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares e regiões.
Nacional: É uma ampliação do Karma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.
Mundial: Quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais e, atualmente, vemos a imensa degradação e a progressiva escassez dos recursos naturais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, ameaças de epidemias, etc.
Neste momento não poderíamos deixar de alertar que estão ocorrendo grandes transformações em nosso mundo.
Katância: É o Karma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e ser penalizados.
Kamaduro: Que é o Karma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.
Karmasaya: Esse Karma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério.  Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos os pecados contra o Espírito Santo”, e esse pecado é o adultério. Mas o que é considerado adultério perante a Justiça Divina? Perante a Lei Divina quando duas pessoas se unem sexualmente elas estão casadas nos mundos internos (independente de serem casadas pelas leis físicas). Portanto se a pessoa tem mais de um/a parceiro sexual em um determinado espaço de tempo (menos de um ano), essa pessoa comete adultério e lança Karma sobre as suas costas. Mais ainda, quando duas pessoas se unem sexualmente, por estarem internamente casadas, seus Karmas se somam e tornam-se comum as duas pessoas. E se uma dessas duas pessoas tiver outra relação sexual com uma terceira pessoa, essa última terá o Karma das três pessoas. Sabendo disso podemos então fazer uma ideia de como é grave a situação cármica de toda a humanidade.
Os negócios
Como foi dito acima as bases da Lei Divina são a justiça e a misericórdia. Isso significa que, por mais duro que seja nosso Karma, podemos pagá-lo com boas obras e então não necessitaremos sofrer. Todavia, as forças cósmicas não são forças cegas. Mediante aplicação de algumas leis poderemos modificar o desenrolar dos acontecimentos.
“1ª. LEI: AO LEÃO DA LEI SE PAGA COM A BALANÇA.
“2ª. LEI: FAZ BOAS OBRAS PARA QUE PAGUES SUAS DÍVIDAS.
“3ª. LEI: QUANDO UMA LEI INFERIOR É TRANCENDIDA POR UMA SUPERIOR, ESTA LAVA AQUELA.
“4ª. QUEM NÃO TEM COM QUE PAGAR PAGA COM DOR.
“Imaginemos uma balança. Em dos seus pratos estão nossas boas ações, e no outro as más, bem como nosso Karma. Quando o prato Kármico se inclina contra nós, poderemos combatê-lo colocando mais peso no prato das boas ações e então naturalmente, inclinaremos a balança ao nosso favor, anulando o débito Kármico. Se no prato da balança cósmica colocamos as boas obras e no outro as más, é evidente que o Karma dependerá de qual prato estará mais pesado. Todos somos grandes devedores, seja devido aos nossos atos desta ou de passadas existências."
Por isso é urgente que mudemos nossa conduta diária. Ao invés de protestarmos por estarmos em dificuldades, devemos sim procurar ajudar aos demais.  Ao invés de protestarmos por estarmos doentes, devemos dar medicamentos aos que não podem comprá-los, levar ao médico os que não podem ir, etc. Ao invés de reclamarmos das pessoas que nos caluniam, devemos aprender a ver o ponto de visto alheio e abandonar de uma vez a calúnia, as intrigas, as reclamações, etc. Nosso Karma pode ser perdoado se eliminarmos a causa de nossos erros, de nossa ira, de nossa inveja, de nosso orgulho, etc. A causa de nossos erros e, por conseguinte, de nosso sofrimento é o ego, nosso defeitos psicológicos..
O mundo seria um paraíso se as pessoas eliminassem de si mesma essas abominações inumanas. Não é possível ter uma conduta reta se somos manipulados pelos defeitos psicológicos.
Conforme vamos eliminando nossos próprios defeitos o Karma referente a tal ou qual defeito vai sendo perdoado. Isto é a misericórdia. Nunca devemos protestar contra nossa situação cármica, pois isso só vem a agravá-la. O Karma é um remédio que nos aplicam para que vejamos nossos maiores defeitos e que normalmente são a causa de nosso sofrimento.
 O Perdão
Perdoar as pessoas que nos ofendem é um fator milagroso para se construir um Karma positivo (Darma). É às vezes muito difícil perdoar, porque temos que aceitar coisas terríveis do passado, injustiças que nos fizeram. O perdão para ser eficaz, precisa ser sincero e brotar dos sentimentos mais íntimos de nossa Alma. De nada adianta dizer que perdoa, sendo que no íntimo guarda rancores e mágoas. Quando o princípio do perdão é sincero, nosso karma fica equilibrado. Os resultados começam a aparecer imediatamente; Primeiro através dos nossos sentimentos, depois através de mudanças positivas em nossas vidas.
O nosso grande Mestre Jesus na ‘Pistis Sophia’ nos mostra claramente a infinita importância do perdão quando responde a João que lhe pede esclarecimentos sobre o que Ele tinha ensinado anteriormente em perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete. (Terceiro livro de Pistis Sophia - cap. 104) :
“O Salvador respondeu outra vez e disse a João:
Não só lhe perdoeis sete vezes, amem, eu vos digo; Perdoai-lhe muitas vezes sete vezes e, de cada vez, dai a ele, desde o princípio, os mistérios que estão no primeiro espaço do exterior. Talvez venhais a ganhar a alma daquele irmão e ele (venha a se tornar) um herdeiro do Reino da Luz. Por esta razão, quando me perguntastes outrora, dizendo: Se nosso irmão pecar contra nós, tu desejas que o perdoemos sete vezes? Eu vos respondi de forma semelhante, dizendo: Não só sete vezes, mas setenta vezes sete”.
A seguir uma esclarecedora mensagem intitulada: ‘KARMA’ de Dick Sutphen extraído de sua Obra Oráculo Interior: “Você precisa decidir se aceita o Karma como sua base filosófica da realidade. Uma coisa é dizer que aceita o Karma, mas outra é viver como se soubesse que isto é verdade. O Karma é ou não é. Ele não pode ser uma proposta que fica no meio do caminho.  Tudo o que você pensa, diz ou faz, cria ou apaga Karma e isso inclui o motivo, a intenção e o desejo que estão por trás de todo pensamento e ação. A infalível lei do Karma está sempre se ajustando e se equilibrando como resultado de suas escolhas. Assim, cada circunstância de sua vida é Karmica: seu corpo, seus relacionamentos, sua carreira, seu nível de sucesso...
Nem Deus nem os Senhores do Karma criam seu sofrimento. Você e somente você, é o responsável. Não existe ninguém a se culpar por nada!
Se o Karma é uma harmonia auto criada, então todo aquele que tenha tornado sua vida difícil em algum momento o fez porque você necessitava da experiência como um teste Kármico ou como uma
Como culpar alguém pelo que você mesmo construiu? Quando você reage a estas provocações com amor, pensamentos positivos ou compaixões, você passa nos testes e se eleva acima de seu Karma. Se reage com ódio, censura ou negatividade, fracassa e terá de ser testado em algum momento do futuro”.
“Carma deve ser compreendido que é a Lei da compensação. Tudo o que se faz, tem-se que pagar, pois não existe causa sem efeito e nem efeito sem causa. Se nos é dado livre arbítrio, liberdade e podemos fazer o que queremos, é claro que responderemos perante Deus por todos os nossos atos. Não se paga Karma somente pelo mal que se faz, senão pelo bem que se deixa de fazer.
Karma é uma lei constante e está sempre em movimento. Não existem coisas tais como acidentes, acaso ou coincidência. quando um acidente ocorre, há uma razão para ele. Tudo tem um motivo de ser e nada acontece por acaso. A própria natureza luta pelo equilíbrio.
Karma não tem significado como uma predestinação inflexível a qual esteja à criatura obrigatoriamente sujeita, como a absurda ideia do fatalismo vulgar. Tal concepção roubaria definitivamente toda e qualquer liberdade de ação reduzindo a sua vida, a uma simples caminhada sobre determinado roteiro preestabelecido, da qual não resultaria mérito e nem conquista de espécie alguma.
Cairia assim por terra toda razão do esforço humano no sentido do aperfeiçoamento ou superação, derrubando desta forma o tradicional postulado que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus."